sábado, 28 de fevereiro de 2009

Em vão















(Ao "anjo" do Sul - Sim Cazú, é pra ti)

Não quero mais que sejas
O suplício que me aflinge a alma
Nem que diante de mim padeças
Como quem busca abrigo e calma.

Não espero mais ler seus versos
E buscar algo que não é pra mim
Nem quero ouvir frouxos restos
Como quem diz que chegou ao fim.

Sentimento não se compra em maços
Nem amor se coloca em garrafa
Mas no fundo sei, que se ainda ouço seus passos
É que não aceitei que tudo seja só farsa.

Ainda que em teus olhos não tenha mergulhado
Oud e teus lábios e braços, o calor sentido
Tua lembrança não é presente nem passado
Mas o que nunca veio ese tem ido.

Como nessa noite comigo sonhaste,
Se o fato é que contigo nunca estive?
Assim como as cartas que na mesa ficaste
Pulsa, mas o tempo faz com que não vive.

Podes achar cada verso breve e manso
Cada palavra, um devaneio que é dito
Mas até de cada ponto seu, não canso
E por dentro me corta, tudo o que escrevo e grito.

A distância vai os planos dissolvendo
E constrói outros do qual não faço parte
Os sonhos de mãos dadas vão correndo
E do que nunca tive, levam a saudade.

Resta então por no papel tudo que sinto
Ou cantar por aí o que um dia eu vá sentir
Mesmo sabendo que por ti nunca é lido
E a resposta do que sinto não está por vir.

Saiba que repito, não pra te cansares
Mas porquê em mim silêncio é eco
Não me importa tempos, distâncias, lugares
Te amar agora
[e sempre]

É fato, não mais nego.



(Dayane R. Peixoto)



p.s.: Em vão... e em cada vão que está aqui.

Ouvindo "Kashimir" pra variar...

3 comentários:

Yuri disse...

muito boa essa poesia, esse Cazú deve ser uma cara de sorte n.n

René Schubert disse...

Gostei das fotos!

em vao...agarrar-se na razao...

Anônimo disse...

"nem tudo está perdido..."
"mas espero que você esteja bem..."
"entre os caminhos e os rumos ..."
"a casa é e cada um..."
"da volta das direções..."
"o vento sempre sopra pro mesmo caminho, mas esse muda com mais frequência do que se quer..."